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NFRU – Residências Geminadas
Guarulhos-SP
Projeto Arquitetônico
Área Construída: 281,00 m²
Ano do Projeto: 2014
Ano da Conclusão da Obra: 2018
Autor: Lucas Feitosa
Projeto Hidráulico: DC Instalações
Projeto Elétrico: DC Instalações
Projeto de Ar Condicionado: DC Instalações
Projeto Estrutural: Haga Construtora e Projetos
Fotografia: Lucas Feitosa
Como construir a cidade a partir de lotes mínimos?
A solução proposta foi através da casa geminada assobradada, que caracteriza a maior parte da ocupação urbana das cidades brasileiras, que visa suprir o programa familiar com habitação de três dormitórios. O mercado imobiliário reproduz este modelo na maioria das vezes com baixa qualidade arquitetônica e na tentativa de romper com e propor uma alternativa, entende-se que a repetição deste projeto poderia contribuir para a formação da paisagem urbana. A habitação é sempre estudada por diversos arquitetos através de processos de industrialização para barateamento da construção. Diante disso, o escritório foi contratado para desenvolver este projeto para investidores que constroem para venda e abordam as questões e restrições, como dimensionamento do lote e de legislação, como no caso, os recuos que podem afetar a qualidade arquitetônica e urbana.
O projeto implantado, está inserido em um lote urbano com dimensões de 10 m x 25 m e que possibilitou o desdobro para dois lotes de 5 m x 25 m, contemplando as dimensões mínimas permitidas na Lei Federal 6.766/1969 e segue a ocupação existente do bairro que é predominantemente residencial e possibilita a ocupação por duas famílias sem perder a qualidade arquitetônica em Guarulhos-SP.
Em algumas cidades para ocupação de lotes estreitos, os recuos laterais e fundos não são exigidos, mas neste caso existem restrições, sendo ela de 1,5 m na lateral, 2 m no fundo e frontal de 4 m do volume superior. A solução encontrada para impedimento imposto por recuos obrigatórios para fachada contínua entre os lotes, trouxe uma solução para iluminação natural dos ambientes e diante disso o projeto de cada residência, foi resolvido em 3,5 m de largura e a maneira encontrada para ampliar a largura interna foi através da caixilharia de piso a teto em vidro para o corredor lateral externo no térreo. No mesmo pavimento, optou-se pela distribuição do programa com área social voltada para parte frontal contendo a sala de estar e jantar, e o bloco de serviços nos fundos com a cozinha, área de serviços e lavabo. A escada posicionada entre a sala de estar e jantar, integra os pavimentos através de pé-direito duplo. No pavimento superior abriga o programa tradicional familiar contendo uma suíte, dois dormitórios e banheiro social. Outro ponto importante de salientar, que a área de serviços e lavabo coincide com o banheiro social do pavimento superior e utilizam da mesma prumada hidráulica.
O projeto é composto por uma estrutura mista com pilares de concretos e vigas metálicas com 10 m de comprimento, a mesma largura total do lote e aparente nas salas e garagem. Na garagem, as vigas metálicas possibilitaram a implantação de duas vagas de autos uma ao lado da outra e sem a necessidade de pilares.
Externamente a preocupação com a unidade visual entre as casas, é definido através do bloco que repousa sobre as vigas metálicas favorecidos através da alvenaria de vedação e dos brises que evidenciam o volume puro. Os brises podem ser abertos nos dormitórios, protegem da insolação direta e proporcionam uma sutil transparência. Outro detalhe interessante referente aos brises, é que a indústria de caixilhos apresenta soluções diferenciadas com custo elevado, o que fez o arquiteto buscar uma solução artesanal desenvolvida a partir de desenho especifico e confeccionado por serralheria, algo possível pelo envolvimento dos profissionais da obra.
A concepção do projeto prevendo área permeável, sistema de captação de água da chuva para fins não potáveis, utilização de energia passiva e calçada de piso drenante, contempla alguns quesitos ambientais, que permitem a Prefeitura conceder até 20% de desconto no IPTU por cinco anos consecutivos e contribuem para uma melhor qualidade urbana.
Portanto este projeto mostra-se como uma possível solução para o mercado imobiliário nas cidades brasileiras.
Projeto Arquitetônico
Área Construída: 281,00 m²
Ano do Projeto: 2014
Ano da Conclusão da Obra: 2018
Autor: Lucas Feitosa
Projeto Hidráulico: DC Instalações
Projeto Elétrico: DC Instalações
Projeto de Ar Condicionado: DC Instalações
Projeto Estrutural: Haga Construtora e Projetos
Fotografia: Lucas Feitosa
Como construir a cidade a partir de lotes mínimos?
A solução proposta foi através da casa geminada assobradada, que caracteriza a maior parte da ocupação urbana das cidades brasileiras, que visa suprir o programa familiar com habitação de três dormitórios. O mercado imobiliário reproduz este modelo na maioria das vezes com baixa qualidade arquitetônica e na tentativa de romper com e propor uma alternativa, entende-se que a repetição deste projeto poderia contribuir para a formação da paisagem urbana. A habitação é sempre estudada por diversos arquitetos através de processos de industrialização para barateamento da construção. Diante disso, o escritório foi contratado para desenvolver este projeto para investidores que constroem para venda e abordam as questões e restrições, como dimensionamento do lote e de legislação, como no caso, os recuos que podem afetar a qualidade arquitetônica e urbana.
O projeto implantado, está inserido em um lote urbano com dimensões de 10 m x 25 m e que possibilitou o desdobro para dois lotes de 5 m x 25 m, contemplando as dimensões mínimas permitidas na Lei Federal 6.766/1969 e segue a ocupação existente do bairro que é predominantemente residencial e possibilita a ocupação por duas famílias sem perder a qualidade arquitetônica em Guarulhos-SP.
Em algumas cidades para ocupação de lotes estreitos, os recuos laterais e fundos não são exigidos, mas neste caso existem restrições, sendo ela de 1,5 m na lateral, 2 m no fundo e frontal de 4 m do volume superior. A solução encontrada para impedimento imposto por recuos obrigatórios para fachada contínua entre os lotes, trouxe uma solução para iluminação natural dos ambientes e diante disso o projeto de cada residência, foi resolvido em 3,5 m de largura e a maneira encontrada para ampliar a largura interna foi através da caixilharia de piso a teto em vidro para o corredor lateral externo no térreo. No mesmo pavimento, optou-se pela distribuição do programa com área social voltada para parte frontal contendo a sala de estar e jantar, e o bloco de serviços nos fundos com a cozinha, área de serviços e lavabo. A escada posicionada entre a sala de estar e jantar, integra os pavimentos através de pé-direito duplo. No pavimento superior abriga o programa tradicional familiar contendo uma suíte, dois dormitórios e banheiro social. Outro ponto importante de salientar, que a área de serviços e lavabo coincide com o banheiro social do pavimento superior e utilizam da mesma prumada hidráulica.
O projeto é composto por uma estrutura mista com pilares de concretos e vigas metálicas com 10 m de comprimento, a mesma largura total do lote e aparente nas salas e garagem. Na garagem, as vigas metálicas possibilitaram a implantação de duas vagas de autos uma ao lado da outra e sem a necessidade de pilares.
Externamente a preocupação com a unidade visual entre as casas, é definido através do bloco que repousa sobre as vigas metálicas favorecidos através da alvenaria de vedação e dos brises que evidenciam o volume puro. Os brises podem ser abertos nos dormitórios, protegem da insolação direta e proporcionam uma sutil transparência. Outro detalhe interessante referente aos brises, é que a indústria de caixilhos apresenta soluções diferenciadas com custo elevado, o que fez o arquiteto buscar uma solução artesanal desenvolvida a partir de desenho especifico e confeccionado por serralheria, algo possível pelo envolvimento dos profissionais da obra.
A concepção do projeto prevendo área permeável, sistema de captação de água da chuva para fins não potáveis, utilização de energia passiva e calçada de piso drenante, contempla alguns quesitos ambientais, que permitem a Prefeitura conceder até 20% de desconto no IPTU por cinco anos consecutivos e contribuem para uma melhor qualidade urbana.
Portanto este projeto mostra-se como uma possível solução para o mercado imobiliário nas cidades brasileiras.
